Considerado um dos maiores meio-campistas de toda a história do futebol, Xavi deixou a sua marca no 'esporte rei'. E com um time do Barcelona que, treinado por Pep Guardiola e com Messi encantado, encantou e conquistou títulos históricos.
Por isso, quando o jogador de 37 anos, atualmente no Al-Sadd, do Qatar, fala, é bom prestar atenção. E em extensa entrevista concedida ao 'El País', o meio-campista falou sobre diversos assuntos, com destaque para Neymar e Mbappé sucedendo CR7 e Messi, uma opinião forte sobre Casemiro e avaliação a respeito da Copa do Mundo.
Neymar, sucessor de Messi e CR7
“Depois de Messi e Cristiano, imagino três ou quatro anos de uma era Neymar. E depois virá Mbappé”.
Críticas à ausência de futebol bonito
“O que falta é desenvolver a técnica, o talento, porque assim que as coisas acontecem, o ataque. No futebol de alto nível existem mais Simeones do que Guardiolas”.
A diferença entre Casemiro e Busquets
“No Barça nós entendemos o futebol como espaço-tempo. Quem domina isso? Busquets, Messi, Iniesta. São maestros do espaço-tempo. Sempre sabem o que fazer, se estão sozinhos ou cercados”.
“Existem meio-campistas como Casemiro, que não entendem isso. Mas, do outro lado, Busquets jamais conseguiria fazer as coberturas que faz Casemiro quando se fica cara a cara (...) Casemiro é rapidíssimo, mas tem dificuldades nas outras coisas porque não trabalhou isso: tem outras características, é mais defensivo, rouba mais bolas, chega cobre mais o campo. Mas não domina o espaço-tempo”.
Críticas ao estilo de Luis Enrique no Barcelona Luis Enrique treinou o Barça entre 2014 e 2017
Embora tenha se despedido do Barça com o título da Champions League, conquistado em 2014-15 sob o comando de Luis Enrique, Xavi não gostou do estilo de jogo que o ex-treinador da equipe catalã pedia.
“Nós saíamos em contra-ataque. Luis Enrique chamava o rival a vir, para golpeá-lo (...) Estávamos todos em nosso próprio campo. Isso era impensável no Barça do Guardiola. Depende do treinador. Eu não gosto. Inclusive, ganhando por 1-0 no minuto 89 o que eu quero, e onde me sinto melhor, é no campo de ataque, tendo a bola e vendo o ataque”.
Elogios à Seleção Brasileira
“Vejo que o Brasil se recuperou. Tem um timaço e tem as duas coisas: talento e [preparo] físico. Isso é difícil. Por isso a Espanha tem tanto mérito, porque ganhou praticamente sem físico (...) Com certeza a Espanha ganhou mais físico, mas a Espanha não pode competir com a Alemanha nisso. A Espanha tem que competir através do talento”.