A saída de Anderson Martins é uma péssima notícia para um Vasco que, em meio às indefinições envolvendo a eleição presidencial de 2017, encontra grandes dificuldades para iniciar de fato o seu 2018.
É claro que não foi apenas a chegada do zagueiro, ídolo do clube e campeão da Copa do Brasil em 2011, que ajudou na arrancada cruzmaltina até garantir a vaga para a pré-Libertadores, em uma temporada na qual o Gigante da Colina era favorito ao rebaixamento no Brasileirão.
Mas o jogador de 30 anos, que estava no futebol do Qatar, foi um dos maiores símbolos desta reação. Porque se o ataque fez o seu papel, a defesa vascaína ganhou em segurança. Com Anderson Martins a equipe de São Januário sofreu menos gols, menos finalizações e venceu mais.
Importante também: ajudou o instável Breno a reencontrar, pela primeira vez desde a turbulenta passagem pela Alemanha, um bom futebol. Fora de campo, era um dos grandes ídolos atuais para o torcedor.
Nesta terça-feira (09), Eurico Miranda confirmou a saída do zagueiro, insatisfeito com a indefinição política dentro do clube e, sobretudo, com os salários atrasados. O dirigente que contratou o defensor também disse que os vencimentos de Anderson eram incompatíveis com a realidade do futebol brasileiro - algo no mínimo controverso já que foi o próprio Eurico quem repatriou o atleta.
Com estreia na pré-Libertadores marcada para 31 de janeiro, fora de casa, contra o Universidad de Concepción, do Chile, a saída de Anderson Martins é uma das piores notícias que o torcedor vascaíno e o elenco de jogadores e comissão técnica poderiam receber. E isso porque, fora dos gramados, a indefinição que circula o clube também só atrapalha uma temporada que desde cedo começa com o tal do ‘jogo da vida’.