O Vasco foi punido com perda de seis mandos de campo, por causa da confusão que aconteceu no Estádio de São Januário, em clássico contra o Flamengo. O julgamentou do STJD aconteceu nesta segunda-feira (17) e, além da punição, ainda manteve a liminar de interdição do estádio. O 'Fla' foi punido com 5 mil reais (cerca de 1300 euros, ao câmbio atual) de multa por causa de objetos jogados pela torcida no gramado. As punições não são definitivas, pois ainda cabe recurso no Pleno do STJD, que poderá mudar a sentença. Tanto o clube quanto a promotoria podem tentar essa alteração.
No início do julgamento, o Vasco apresentou a defesa, com declarações do advogado, Paulo Rubens Máximo, e participação de duas testemunhas: Ricardo Vasconcellos, assessor da presidência, e Luciano Hostins, sub-procurador geral.
O clube apresentou provas, como o relatório do delegado da partida e identificação de torcedores envolvidos na confusão. A defesa se baseou em culpar a Polícia Militar pela desordem e alegar que foi um ato organizado "de fora" para perturbar o clube. O advogado inclusive chamou o ocorrido de "ato terrorista".
O presidente do Vasco, Eurico Miranda, também falou: Dizer que a PM evitou uma tragédia? Ela foi a causadora da tragédia. Como se atira bomba indiscriminadamente no meio de uma torcida. Não é organizada. É em crianças, idosos".
Depois da promotoria reafirmar a denúncia, aconteceu a votação. Primeiro falou o relator Gustavo Pinheiro, que concordou com a defesa do Vasco e disse que a culpa foi da polícia. Ainda assim foi a favor da punição de quatro jogos de suspensão do mando.
Depois falou a auditora Michelle Ramalho, que foi mais dura com o clube e quis seis jogos de punição.
Por fim, Lucas Asfor Lima, presidente da 1ª Comissão Disciplinar, discordou do relator, não culpou a PM e afirmou que o Vasco "descumpriu com todas as suas obrigações". Por isso quis oito jogos com perda de mando.
Esses votos, divididos por três (número de auditores), resultaram na punição do Vasco: seis perdas de mando. Agora o clube deve recorrer ao Pleno para tentar diminuir a punição.