Confiança em um bom trabalho, grupo quase fechado para a Copa do Mundo e um objetivo para os amistosos que serão realizados antes da Copa do Mundo. A contagem regressiva para o início do Mundial na Rússia está cada vez mais perto do fim, e Tite sabe que precisa fazer alguns ajustes finais.
Em entrevista concedida ao 'Globoesporte.com', o comandante da Seleção Brasileira falou sobre o reencontro com a Alemanha, em amistoso agendado para março, disse que as vaias da torcida do PSG para Neymar foram injustas e revela quantos jogadores já estão certos em sua lista final. Confira abaixo!
Elogios ao time e amistoso contra a Alemanha
“É uma equipe que está buscando consolidação, ainda tem a crescer até mentalmente, e nossos dois adversários de março vão nos proporcionar isso, principalmente a Alemanha. Vamos enfrentar nosso fantasminha. Temos que jogar com naturalidade, sem ostentação e sem falsa humildade”.
Otimismo para ter G. Jesus nos amistosos
“Otimista sim, convicto não, porque ele precisa de todas as etapas de recuperação. Sei do grande clube em que ele está, dos cuidados para manter os estágios e não pular etapas. O doutor Rodrigo Lasmar [médico da Seleção] está fazendo acompanhamento clínico, o Fábio [Mahseredjian, preparador físico] o físico, e agradeço às equipes que estão se abrindo a isso”.
“Sim, todos eles sabem. Falamos com alguns de forma individual, e reiterei pessoalmente em nossas reuniões que estivessem nas melhores condições nos clubes porque nós buscaríamos todas as informações. E não pensem que vão nos esconder alguma informação. Não há traíra nos clubes, mas queremos o melhor de cada um e que entreguem o melhor aos clubes. Isso é lealdade”.
Grupo fechado?
“Tenho variado entre 15, 17 e 18. Pelo desempenho nos clubes e na Seleção, pela base da equipe que tem jogado. Se eu convocasse os que mais atuaram, e atuaram bem, eu teria três laterais-esquerdos. Os três (Marcelo, Filipe Luís e Alex Sandro) jogaram bem. E falar de Thiago Silva, Fernandinho, Willian, todos jogando em altíssimo nível. O Ederson quando jogou, jogou muito. São os que já encaminharam essa situação.
“Sou adepto da meritocracia, mas ela tem um limite: o da necessidade da Seleção. Se houver necessidade de um atleta com característica diferente, que mereça menos do que outro que esteja arrebentando, vou pegar em função da Seleção”.
Situação de Neymar no PSG
“Tudo em relação a ele toma uma dimensão muito grande, mas vamos pegar essa última controvérsia [vaia da torcida, que queria ver Cavani bater o pênalti nos 8 a 0 sobre o Dijon]. Ele fez tudo, tudo, tudo na sua excelência, e foi bater o pênalti porque foi determinado pelo seu técnico. Ninguém bate pênalti a bel-prazer. Em clubes de alto nível, o técnico determina escalação, convocação, substituições e bolas paradas. Ele ficou de egoísta numa situação pré-determinada, foi muito injusto. Quando ele reclama demais está errado, não é atribuição dele reclamar de arbitragem ou do adversário. E, para mim, é isso que mais tem de ser corrigido nele. Mas isso foi injusto em relação ao Neymar”.
Objetivo da Seleção nos próximos jogos
“Furar linha de cinco”, disse, se referindo às defesas com três zagueiros e dois alas que fecham os lados.