Sofrido. É assim que Antonio Conte, técnico do Chelsea, define como será o jogo contra o Barcelona na próxima quarta-feira (14), valendo vaga nas quartas de final da UEFA Champions League.
Com o empate em 1-1 no jogo de ida, os ingleses terão de buscar pelo menos um gol na Catalunha para sonharem com a classificação, já que o Barça tem, até o momento, a vantagem pelo saldo qualificado. Um quadro semelhante, de certa forma, ao que a Juventus enfrentou, e superou, ao eliminar o Tottenham com uma vitória por 1-2 em Londres.
"Jogando contra uma das melhores equipes do mundo, temos que tentar o nosso melhor para vencer, e estarmos preparados para sofrer", disse Conte, antes de lembrar o exemplo de sua ex-equipe.
"A Juventus mostrou isso. Eles sofreram contra o Tottenham mas souberam decidir na hora certa. Mas eles têm jogadores com experiência, alguns até ganharam a Champions. A gente não tem isso".
A falta de 'cancha', no entanto, pode gerar a motivação extra para alguns jogadores fazerem história. Caso do lateral-esquerdo Marcos Alonso, que sonha com o título que o falecido avô, ex-defensor do Real Madrid, conquistou cinco vezes seguidas entre 1955 e 1960.
O futebol corre nas veias da família Alonso: o pai do atual ala do Chelsea, Marcos Alonso Peña, atuou pelo Barça por cinco anos na década de 1980.
"Meu avô dizia que era fácil vencer quando jogava, por ter companheiros de time como (Alfredo) Di Stéfano, (Francisco) Gento e (Ferenc) Puskás", conta Alonso. "Hoje em dia, parece algo difícil, mas quero fazer o mesmo, começando pelo próximo jogo".
Empurrado pela torcida familiar, o lateral deu uma pista do que o time fará para conseguir a classificação.
"Teremos que se segurar na defesa, mas também explorar o contra-ataque. Já mostramos para eles (Barcelona) o tipo de equipe que somos, que podemos competir e vencer contra os maiores", completou.
Ingleses e catalães se enfrentam a partir das 16:45 de Brasília (19:45 de Lisboa) desta quarta-feira.