Ainda que tenha um jogo a menos na liga espanhola, em partida adiada contra o Leganés por causa do Mundial de Clubes, Zinedine Zidane vive o seu pior momento desde que assumiu o comando do Real Madrid, em 2016.
Na verdade, o treinador francês tem números inferiores aos de Ráfa Benítez, seu antecessor no cargo, antes de o madrilenho ser demitido. Mas a caminhada vitoriosa na temporada anterior, quando conseguiu manter o título da Champions League e ainda garantiu o Campeonato Espanhol, fez com que Zizou mantivesse o prêmio de melhor treinador francês do ano.
*Distância/Barça em pontos. Números referentes ao Campeonato Espanhol
O galardão é concedido pela revista France Football, para onde o técnico concedeu entrevista e garantiu que, embora viva intensamente a sua realidade dentro do Santiago Bernabéu, gostaria de ter um desafio com outra equipe no futuro.
“Quero demonstrar que posso ser um bom treinador também nas dificuldades. Não fico assustado. Estou preparado para isso. As pessoas podem pensar que tudo é sempre fácil para mim, que faço tudo por instinto. Mas estão errados. Seja como jogador ou treinador, sempre trabalhei. O perigo está ali, mas não vou mudar. Sou consciente de que tenho grandes campeões na minha frente, que me escutam. No futebol, se você souber fazer, as coisas sempre funcionam”.
“Não estou protegido neste clube pelo que eu fiz como jogador”, afirmou. “Sei que um dia isso vai acabar no Real Madrid, por isso aproveito e faço de tudo para ter êxito. Eu digo a mim mesmo: ‘se eu tiver dez dias aqui, bom, viverei esses dez dias ao máximo; se forem seis meses, viverei esses seis meses no máximo’. Não penso em mais nada, eu sei que não vou ficar aqui por dez anos”, concluiu.
No último domingo (07), o Real Madrid ficou no empate em 2 a 2 com o Celta de Vigo e viu a vantagem do Barcelona aumentar para 16 pontos. A equipe catalã lidera a liga espanhola, enquanto os Blancos estão na quarta posição e nem mesmo uma vaga na próxima edição da Champions League está garantida.