O Botafogo fez uma excelente campanha na Libertadores de 2017, sendo eliminado apenas pelo Grêmio, nas quartas de final, ao ser derrotado por 1 a 0 no placar agregado.
E ainda que não tenha tido a competência para bater o Tricolor, segundo o atacante Rodrigo Pimpão afirmou em entrevista do GloboEsporte.com o Glorioso poderia ter levado mais perigo ao Real Madrid, no Mundial de Clubes, do que a equipe treinada por Renato Gaúcho – que não acertou um chute a gol em uma única tentativa, na derrota por 1 a 0.
A afirmativa pode parecer uma piada, mas a verdade é que existe uma razão que justifica a opinião do atacante botafoguense. Mas o motivo não é que o Botafogo fosse um time melhor do que o Grêmio, e sim o estilo de jogo.
Em seus melhores momentos na temporada, o Grêmio foi uma equipe que sempre ditou os rumos do jogo através da posse de bola: teve média de 53.4% no Brasileirão e 51% na vitoriosa campanha da Libertadores. Já o Botafogo teve apenas 46.8% e 45% nas respectivas competições.
Impossível Grêmio impôr o seu jogo contra o Real Madrid.
Ou seja: o Botafogo foi mais reativo do que o Grêmio. E contra uma equipe com o poderio ofensivo como o Real Madrid, é preciso saber defender e sair em rápidos contra-ataques, característica maior que marcou o time de Jair Ventura em seus melhores momentos em 2016 e 2017.
A afirmativa de Pimpão não é absurda se pensarmos no encaixe de jogo, mas a verdade é que a ausência de Arthur no meio-campo também dificultou muito a vida do Grêmio na hora de buscar saídas rápidas de sua defesa para o ataque, contra o Real Madrid. Mas o que Pimpão esqueceu é que, se o futebol reativo seria uma boa arma contra um esquadrão superior, como o Real Madrid, talvez não desse certo contra equipes que enfrentam os sul-americanos na semifinal do torneio.