A pouco mais de 70 dias para o início da Copa do Mundo da Rússia, a seleção argentina deixou a pior impressão possível após a goleada sofrida por 6-1 para a Espanha, na última terça-feira (27). Com Messi fora de campo por conta de um desconforto muscular, o time foi dominado pelos rivais e pouco demonstrou contra a Fúria. E, pelo que parece, Jorge Sampaoli, técnico da Albiceleste, preferia ter evitado amistosos contra times da elite do futebol.
A ideia de enfrentar adversários do calibre de italianos e espanhóis, como foi nessa sequência, parecia boa para testar o elenco e decidir a lista dos 23 convocados para o Mundial da Rússia, mas Sampaoli discordou disso em 1 de março. "Eu preferia não enfrentar a Itália e Espanha agora, antes da Copa", revelou o técnico em entrevista coletiva antes dos jogos. Quase um mês depois, podemos perceber que ele tinha razão.
Apesar da confiança demonstrada contra uma Azzurra fora do Mundial, com futebol envolvente e trabalho coletivo forte e alguns jogadores surgindo como nomes interessantes para a convocação final, contra a Espanha foi totalmente o contrário. Os rivais pareciam tão organizados e efetivos que causaram um choque nos argentinos, a ponto de, alguns nomes que antes eram vistos como garantidos para a Copa, passarem a ser vistos como incógnitas. No geral, a Argentina se mostrou como uma equipe em formação, com o melhor jogador fora de campo e sem a confiança tão em alta como antes.
"A Espanha nos esbofeteou, não esperávamos tanta contundência", reconheceu Sampaoli que, até o primeiro jogo no Mundial, em 16 de junho, terá que fazer do grupo de jogadores uma equipe em todos os sentidos da palavra. Será que ele consegue fazer isso até lá?