Entre a decepção pelo frustrante ano do Flamengo, Lucas Paquetá surge como a melhor coisa que aconteceu ao clube em 2017. Com apenas 20 anos, o meia mostrou não apenas talento mas principalmente personalidade, o que talvez seja a principal virtude para que um jogador da base dê certo no 'Rubro-Negro'.
Em um time recheado de estrelas, foi ele quem chamou a responsabilidade nos momentos mais decisivos. Marcou gol no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, jogando improvisado no ataque, na final da Sul-Americana, num Maracanã lotado, foi ele, mais uma vez, quem tomou conta da partida.
Quando não dava na bola, Paquetá ia na raça, na vontade, o jogador parecia estar em todos os espaços do campo, aparecia atrás e chegava ao ataque. Oportunista abriu o placar e incendiou o estádio. Mas somente a entrega 100% de um jogador não foi o suficiente para que o Flamengo conquistasse o título.
Enquanto Diego e Éverton Ribeiro faziam uma das piores partidas do ano, Paquetá driblava, segurava a bola, chegava ao ataque, o garoto colocou o coração na chuteira e foi para o jogo, não sentiu a pressão e depois da partida foi um dos mais decepcionados com o resultado.
"A gente entende a frustração da torcida. É a mesma da gente. Perder o título em casa é difícil", disse Paquetá, único jogador que falou na beira do campo, após a partida.
Lucas Paquetá é um jogador para ficar no Flamengo por mais alguns anos, já que o clube não precisa fazer caixa, é importante segurar o atleta para que madure e se torne ídolo, algo que o 'Rubro-Negro' não cria há muitos anos.
Que em 2018 ele tenha mais espaço e não seja acionado apenas em momentos mais críticos, que possa, enfim, ter uma boa sequência com a camisa do Flamengo para que pegue a experiência necessária, em breve, poderá ser um dos líderes do Flamengo.