Rui Vitória: "Pizzi e Renato Sanches têm que agradecer a cobertura de Fejsa"

Terminou a temporada, mas as conversas sobre as equipas nunca param, sobretudo sobre as equipas 'grandes'. Neste sentido, Rui Vitória falou esta terça-feira, na 'SIC', sobre a época no Benfica e o seu grupo de jogadores.

"Um plantel é como um baralho de cartas. Tenho os reis e as damas que são os jogadores mais experientes, depois tenho os ases que são aqueles que resolvem os jogos, que quando é preciso assumem e resolvem. Há ainda os oitos e os setes que fazem parte da base e os duques e ternos que quando é preciso os lanço e fazem grupo", disse, antes de especificar a importância de elementos como Fejsa ou Pizzi no grupo.

"O Fejsa tem uma perspicácia, que vejo poucos a ter. O Pizzi e o Renato [Sanches] têm que agradecer ter a cobertura de Fejsa atrás", elogiou Vitória, para em seguida explicar a utilização de Pizzi (participou em 52 dos 54 jogos que as 'águias' fizeram esta época): "Não tinha Jonas à frente, não tinha Fejsa atrás, ali em janeiro. Vou tirar o Pizzi? Uma coisa era ter os dois e não ter o Pizzi, outra era não os ter. É importante a espinha dorsal ter estabilidade. Tivemos que fazer essas articulações. É importante, vejo a equipa com micro-estruturas. Vejam, por exemplo, o Grimaldo e o Cervi, falam os dois espanhol e ligam muito bem. Igual o Salvio e o Nélson Semedo".

Falando nas dinâmicas dos laterais, o técnico 'encarnado' também abordou esse assunto: "Vejam os laterais, este ano foram diferentes e estavam lá os mesmos quatro. São coisas diferentes, tínhamos laterais que eram extremos que jogavam 5 ou 6 metros atrás. Dinâmicas diferentes, foi trabalhado. Não posso pedir ao Eliseu o que peço ao Grimaldo, nem ao Grimaldo para ter a capacidade física do Eliseu".