A Islândia garantiu a sua vaga para a Copa do Mundo de 2018, e já entrou para a história da competição ao se tornar o país menos populoso a disputar o principal evento do futebol.
Nesta segunda-feira (09), os gols de Gylfi Sigurdsson e Johann Berg Gudmundsson garantiram o triunfo por 2 a 0 sobre Kosovo. Foi a sétima vitória dos islandeses nas Eliminatórias Europeias, e garantiu a vantagem de dois pontos em relação à Croácia na briga pela liderança do Grupo I.
Com uma população de 335 mil pessoas, a Islândia bateu tranquilamente o recorde que anteriormente era de Trinidad & Tobago [1.3 milhões de pessoas, em 2006], Irlanda do Norte [que se classificou em 1982 com uma população de 1.5m], Eslovênia [pouco menos de 2m em 2002] e Kuwait [2m em 1982].
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Por mais incrível que pareça, a ilha gelada conta, apenas, com pouco mais de 20 mil futebolistas – entre homens e mulheres – registrados. É um dos menores palcos mundiais de futebol. Mas isso cai por terra quando se tem um treinador qualificado pela UEFA a cada 500 habitantes. Na Inglaterra, por exemplo, a proporção é de um para 10 mil.
Após décadas de performances medíocres nas competições qualificatórias, o nível dos treinadores mostrou que é um grande investimento ao se planejar futebol de resultados. A participação confirmada em uma Copa do Mundo vem um ano após a histórica campanha na Eurocopa, com eliminação nas quartas de final e vitória por 2 a 1 sobre os ingleses.
Depois de 12 fracassos em qualificatórias, o número 13 se provou mágico para os islandeses. Mas o mérito é todo de um projeto sério que deixa uma lição para todos: a população não é o mais importante para um país conseguir bons resultados no futebol. Em primeiro lugar, vem o trabalho sério, leal e planejado.