Uma tragédia anunciada, a quarta-feira(17) dos torcedores do Flamengo foi, mais uma vez, de vexame na Libertadores. Apesar de todo o investimento, o 'Rubro-Negro' não conseguiu confirmar a vaga nas oitavas que parecia bem próxima até quinze minutos antes do final da partida contra o San Lorenzo.
Era preciso apenas um empate para que o time de Zé Ricardo não dependesse de nenhum outro resultado para avançar. O Flamengo perdeu e o valente Atlético-PR buscou o resultado fora de casa decretando a precoce queda dos cariocas e carimbando a sua classificação.
Dentro de campo, um time que entrou assustado, achou um gol e abriu mão de jogar. Não conseguia dar sequência nas jogadas, postado no 4-2-3-1, com Gabriel responsável pela armação das jogadas, algo que não funcionou na partida. Nem mesmo Trauco, acostumado a ser uma válvula de escape esteve bem em campo, e deu muitos espaços para os argentinos.
Jogando em casa, seu desistir do jogo e com a torcida do lado, o San Lorenzo não foi brilhante mas utilizou a arma que vem sendo o grande problema do Flamengo na temporada, além do corredor do lado esquerdo, a bola alçada na área. Até então de 18 gols sofridos na temporada, o Rubro-Negro levou 8 de cabeça, números que aumentaram depois da partida.
Outro jogador que esteve muito abaixo foi Willian Arão, responsável por carregar a bola no meio-campo, errou muitos passes, se mostrou nervoso e não conseguiu combater na marcação. Diferente de outros jogos, Flamengo não teve a posse de bola, e sofreu também com Rodinei, apesar do gol, os espaços deixados na marcação eram constantes.
Zé optou por colocar Matheus Sávio em campo, algo natural, afinal o meia vinha sendo escalado pelo treinador e até foi titular contra o Atlético-MG sendo responsável pelo gol Rubro-Negro na partida. O menino não entrou firme e acabou bobeando no primeiro gol.
O jogo ficou ainda mais nervoso a partir daí, ao invés de se ver um Flamengo com pelo menos alma dentro de campo, se viu um time apagado, sem vibração, completamente acomodado esperando pelo final da partida. As coisas não caem do céu. O San Lorenzo não esperou, lutou contra o relógio e levou a melhor, bateu na classificação merecida. Um time que não luta, não sobrevive.
Apesar do jogo completamente apático, a eliminação não começou a ser construída no dia 17, foi um conjunto de fatores. Nos dois jogos fora de casa contra Católica e Atlético-PR, o Flamengo foi muito superior, teve mais chances e desperdiçou, como vinha desperdiçando em vários outros jogos. Quem não faz, leva. A bola pune, velhas frases do futebol que servem para explicar o que aconteceu com o Rubro-Negro.
Com a eliminação fora do planejamento, espera se que no Ninho do Urubu existam cobranças, afinal o time não atingiu metas e quando não se atinge metas ou se quer chegam próximo delas algo está errado!