O Real Madrid está nos quartos de final da Liga dos Campeões. Depois do triunfo sobre o Paris Saint-Germain no Bernabéu, por 3-1, os 'merengues' voltaram a bater a turma de Unai Emery, agora por 1-2, e carimbaram o passaporte para a próxima fase da maior competição de clubes na Europa.
Numa partida bastante disputada, e na qual o conjunto orientado por Zinédine Zidane até começou algo nervoso e a cometer bastantes erros, o 0-0 que se registava ao intervalo parecia beneficiar a equipa 'blanca', que só tinha mais 45 minutos para manter a eliminatória e seu favor.
Duas partes totalmente distintas
No segundo tempo, o Real Madrid subiu ao relvado do Parque dos Príncipes com outra atitude, jogando bastante balanceado para o ataque, e tentando criar ocasiões de perigo.
E não foi preciso esperar muito para marcar. À passagem do minuto 51, Marco Asensio trabalhou muito bem no lado esquerdo do ataque 'merengue', respeitou a desmarcação de Lucas Vázqauez e o extremo, com conta, peso e medida, cruzou para Cristiano Ronaldo. De cabeça, o português não desperdiçou e colocou a sua equipa na frente do marcador.
Nesta altura, o PSG precisava de marcar três golos para empatar eliminatória, quatro para se colocar em vantagem. Para piorar as coisas, Marco Verratti exagerou nos protestos ao juiz da partida, quando reclamava de uma falta que não foi assinalada, e, ele que já tinha levado um cartão amarelo, acabou por ver o segundo e o consequente vermelho; jogava-se o minuto 66 do encontro.
Ainda assim, foi o PSG que acabou por conseguir chegar ao golo. Apenas cinco minutos depois, aos 71', os franceses aproveitaram um pontapé de canto a seu favor para, já depois de muitos ressaltos, marcarem e empatarem o jogo, num golo que foi atribuído a Edinson Cavani, o último jogador a tocar na bola antes de esta entrar na baliza de Keylor Navas, que realizou uma exibição bastante segura.
Estocada final
O Real, uma equipa batida nestas andanças, soube aproveitar da melhor maneira a expulsão do italiano, que, mesmo depois do golo, se fazia sentir no PSG. Afinal, estamos a falar do 'pulmão' do meio-campo parisiense, e de uma peça chave na estratégia de Emery.
Mais perto do apito final, aos 80', o emblema da capital espanhola chegou com facilidade à área do PSG, a bola sobrou para Casemiro e o brasileiro tentou a sorte. Marquinhos ainda tocou no esférico, mas já não conseguiu evitar o segundo golo 'blanco' no desafio, que parecia setenciar o jogo e a eliminatória a favor dos de Madrid. Estava feito o 1-2, resultado com que acabaria o jogo (5-2 no total da eliminatória a favor dos 'merengues').
E poderiam ter sido mais...
O Real, diga-se, só não venceu por uma diferença mais avultada devido à excelente exibição do guarda-redes francês Alphonse Aréola, que esteve em grande ao evitar vários golos 'cantados' da turma madrilena.
A equipa de Zidane acertou ainda nos postes da baliza do PSG em duas ocasiões: a primeira por Karim Benzema, aos 69 minutos de jogo, e a segunda por Lucas Vázquez, aos 83'.
O 'inferno' da Champions
Agora, o Real Madrid vai seguir nesta Liga dos Campeões, o seu grande objetivo para esta temporada depois do fracasso que foi a prestação na LaLiga em 2017/18.
Do PSG, por seu lado, fica a ideia de que ainda falta algo a esta equipa para poder sonhar com a conquista da Champions. É verdade que, devido a problemas físicos, Neymar não pôde ajudar, mas quem joga com Mbappé, Di María e Cavani no ataque não pode passar tantos minutos sem chegar à baliza contrária, como aconteceu nesta terça-feira.
Em suma, segue em frente a equipa mais talhada para esta Liga dos Campeões, o bicampeão europeu em título.