Mesmo classificada, a Seleção Brasileira não deu mole para o Chile e aplicou uma goleada por 3-0 sobre os rivais e, de quebra, ainda ajudou a deixa-lós de fora da Copa do Mundo da Rússia. Com apenas dois jogadores diferentes do que vem utilizando no time titular, um por decisão de dar oportunidade e o outro por conta de lesões, Tite mostrou ao longo dos últimos jogos que já tem o time titular praticamente definido.
Por outro lado, ele também deixou claro que ainda necessita de algumas peças, principalmente no setor ofensivo, que de fato possam mudar um jogo caso necessário na Copa do Mundo. Na última convocação ele trouxe algumas novidades mas as que podem ser mais significativas são Arthur e Diego Tardelli.
O primeiro, servia como uma espécie de coringa no meio-campo, com a capacidade de fazer várias funções poderia jogar tanto na posição de Casemiro, quanto de Paulinho e Renato Augusto. As duas últimas são as mais delicadas, é verdade.
Com Paulinho, ainda não foi possível enxergar uma alternativa e com Renato Augusto, Tite buscou puxar Coutinho para trás, o que dificilmente acontecerá contra seleções de mais peso ou em jogos mais complicados.
Se no setor ofensivo Tite ainda segue com algumas dúvidas, melhor para Luan que pode se beneficiar do fato de também atuar em mais de uma posição e do entrosamento com Neymar e Gabriel Jesus, que vem dos tempos dos Jogos Olímpicos, onde o trio conquistou junto a medalha de ouro.
Ausente na última convocação por conta de lesão, não é difícil imaginar que o jogador do Grêmio esteja na próxima lista para os jogos contra Japão e França, dois importantes testes para Tite de olho na Copa do Mundo.
No ataque, os problemas podem ser um pouco maiores. Gabriel Jesus é artilheiro e se adaptou perfeitamente a realidade da Seleção Brasileira, mas fora ele fica difícil enxergar alguém com confiança para mudar um jogo. Firmino teve suas oportunidades e, apesar de ter um estilo diferente, não convenceu.
Contra o Chile, nos poucos minutos em que esteve em campo, recebeu um presentão de Willian e desperdiçou a oportunidade na cara de Cláudio Bravo. Numa Copa do Mundo, uma oportunidade como essa pode ser decisiva.
Diego Tardelli, última aposta de Tite, não entrou em campo nem contra o Equador e nem contra o Chile, mas vem sendo monitorado de perto e talvez possa retornar na próxima convocação. Podendo atuar tanto pelos lados do campo quanto como referência no ataque, pode se beneficiar disso.
Se no setor ofensivo as coisas ainda estão em aberto, no setor defensivo não é bem assim. Uma vaga na zaga, uma na lateral-direita e, talvez, uma no gol ainda sejam problemas para Tite resolver, de resto, o treinador sabe muito bem com quem quer e não quer contar.
Com apenas quatro jogos até a lista final, Tite precisa definir poucas coisas mas são esses pequenos detalhes que podem fazer total diferença para a Seleção.