Titular absoluto do Atlético-PR. Várias vezes capitão. Ídolo. Convocado algumas vezes por Tite para a Seleção Brasileira e sonhando com uma vaga na Copa do Mundo de 2018, apesar de não figurar nas últimas listas. Histórico campeão e arqueiro titular no inédito ouro olímpico em Rio 2016 e com brilho, fazendo algumas grandes defesas e defendendo um pênalti decisivo na final, antes de Neymar converter a penalidade que garantiu a conquista.
Weverton vivia grandes anos na carreira, sua melhor fase, e surgiu a oportunidade de se transferir para o Palmeiras, que investiu pesado para a temporada 2018, ainda mais que nas anteriores. Além do técnico Roger Machado, os melhores laterais do Brasil, Marcos Rocha e Diogo Barbosa, e jogadores talentosos e de peso como Lucas Lima e Scarpa.
O prestígio é enorme, claro. Um elenco recheado, considerado o melhor do Brasil. Um time disputando a Libertadores e favorito para conquistar os títulos mais importantes da temporada. Estrutura e organização. Qualquer um gostaria de jogar no Palmeiras.
No entanto, Weverton encararia uma enorme concorrência, disputando posição com Jailson e o ídolo alviverde Fernando Prass. Ainda assim, pelo seu peso e ótimos anos que viveu recentemente, principalmente em 2016 e 2017, vivendo o auge da carreira, o campeão olímpico chegava com o peso de ser titular.
Isso, porém, não se concretizou, pelo menos por enquanto. Jailson foi o titular nos primeiros dois jogos oficiais da temporada, e Weverton tem amargado a condição de terceiro goleiro. De ídolo e titular absoluto, muitas vezes capitão de sua equipe, do sonho de disputar a Copa do Mundo, das convocações para a Seleção principal e do inédito ouro olímpico, para a reserva da reserva no Palmeiras.
Era difícil imaginar que Roger Machado tomaria essa decisão no início de seu trabalho no Verdão. E com o bom desempenho de Jailson e as vitórias alviverdes no começo da temporada, Weverton precisará ficar motivado com sua situação atual e suar para ganhar a titularidade e fazer o que dele se espera no Palmeiras. Ele não pode se abalar com a condição de terceiro goleiro, e sim usá-la como motivação para conquistar seu espaço.