O histórico entre Arséne Wenger e José Mourinho, treinadores respectivamente de Arsenal e Manchester United, não é dos melhores. A rivalidade entre ambos extrapola as quatro linhas, e vai para a vida pessoal – inclusive com o luso tendo afirmado que o francês era um “especialista em fracasso”.
Mas este relacionamento turbulento não evitou que Wenger surpreendesse, e mesmo que de forma velada oferecesse um apoio ao rival. Desde a eliminação do Manchester United para o Sevilla, nas oitavas de final da Champions League, as críticas em relação ao trabalho do português aumentaram consideravelmente.
“Eu demonstro o meu apoio para qualquer um que sofra”, disse Wenger, que aproveitou para atacar a imprensa. “O trabalho de vocês é fazer todos sofrerem. O nosso trabalho é de fazer o mínimo possível de pessoas sofrerem”.
Wenger seguiu, explicando que não defende especificamente José Mourinho – muito criticado pelo pragmatismo do seu United – e sim o futebol inglês como um todo: “Eu quero que o futebol inglês vá bem. Mas as pessoas do nosso nível, elas são as que mais cobram de si. E o maior sofrimento que nós temos é com as demandas que colocamos para nós mesmos. De resto, ganhamos amor ou não ganhamos amor”.
“Vocês sabem o que uma pessoa já disse? Que você é amado quando nasce, e amado quando você morre. No meio disso, você precisa se virar (...) Eu quero que todo mundo seja feliz. Eu não quero falar sobre a situação do Manchester United, porque meu trabalho é cuidar do Arsenal. E, no geral, quero que o futebol fique bem e quero que todos os treinadores sejam felizes. Não é possível”.
“Nós podemos brigar, somos como o Manchester United, como o Tottenham. Como todo mundo. Futebol é futebol”, concluiu.