Se era contestado meses antes, por não ser nem mesmo titular da Roma, Alisson hoje vive um momento diferente. Dono da posição sob as traves na equipe da capital italiana, o jogador ganha cada vez uma força maior na disputa de posições dentro da Seleção Brasileira.
Após um treinamento exaustivo comandado por Taffarel, no Parque dos Príncipes, Alisson concedeu entrevista coletiva ao lado do zagueiro Marquinhos. Em suas respostas, o arqueiro de 25 anos revelou ter como grande ídolo o italiano Gianluigi Buffon, exaltou o trabalho de Taffarel no Brasil e reconheceu a grande disputa dentro da Seleção.
“Hoje 90% da importância do meu treinamento e dos outros goleiros está com o Taffarel. Passamos a maior parte com ele, em trabalhos específicos. É de extrema importância, um trabalho intenso, curto, temos pouco tempo, mas é um trabalho que o Taffarel lapida os goleiros para estarmos preparados no jogo”, disse.
Buffon, o ídolo de Alisson
“Gosto muito de ver suas defesas, meu ídolo é o Buffon, um cara em quem me inspiro muito. Ele é um dos maiores goleiros da história, senão o maior. Ele está sempre bem posicionado, por isso joga numa idade mais avançada. Tenho observado muito o De Gea, ótimo trabalho no Manchester. E gosto também do Oblak, que sempre fez bom trabalho no Atlético de Madrid”, que também exaltou a defesa feita por Marcelo Grohe, do ex-rival Grêmio na Libertadores.
A respeito da disputa por posições, além de ter falado sobre o relacionamento com Ederson e Cássio, Alisson também elogiou outros goleiros, como Fabio [Cruzeiro] e Vanderlei [Santos]. O ex-guardião do Internacional também não deixou de falar do bom momento vivido pela Roma na Champions League, onde lidera o difícil Grupo C [cujos favoritos eram Chelsea e Atlético de Madrid].
“O Tite tem um grande problema (risos). Acredito que da maneira como ele vem fazendo é a correta, colocando jogadores que ele acredita que deva colocar, fazendo alguns testes. É importante também manter uma espinha dorsal, uma base. Mas testes são válidos, todo mundo quando chegar a Copa tem de estar pronto, independentemente de ter jogado ou não. Os treinamentos contam muito”.
“Lideramos um dos grupos da morte da Liga dos Campeões, com Chelsea e Atlético. Eu continuo trabalhando muito forte para aumentar meu nível, crescer no futebol, e que o trabalho se reflita na Seleção”, concluiu.
Brasil e Japão se enfrentam às 10:00 de Brasília (12:00 de Lisboa) desta sexta-feira, em Lille.