Numa altura em que se vive um clima menos bom no futebol português, e em que as declarações dos treinadores (nomeadamente dos 'três grandes') são exponenciadas pela imprensa de uma forma incrível, Abel Ferreira deu hoje (quinta-feira) uma espécie de 'lição' aos jornalistas presentes na sala de imprensa do Sporting de Braga, durante a conferência de imprensa de antevisão do desafio entre os minhotos e o Portimonense.
"Sou coerente no que digo e faço. Não quero entrar em novelas e circos, porque não sou ator nem palhaço, sou treinador de futebol", afirmou, taxativo, o técnico dos 'Gverreiros do Minho'.
Quando questionado sobre os comentários entre si e Sérgio Conceição, Abel voltou a reagir de uma forma notável: "Como é que dois homens resolvem os problemas? Digam-me o que acham que fiz depois da conferência? Liguei-lhe, claro, às 13:00 de domingo. Não preciso de dar recados a ninguém".
Para concluir, o treinador do Sporting de Braga tentou pôr termo ao clima de suspeição e polémica que se tem vindo a verificar no futebol português.
"Já elogiei o Rui Vitória, o Sérgio Conceição e só me falta elogiar o Jorge Jesus, que foi meu treinador. Só não o fiz porque não me perguntaram. Eu não fujo a nenhuma questão. [Vocês] não precisam de criar polémica para serem bons jornalistas. [Eu] para ser um grande treinador, não preciso de criar polémicas. Ando no futebol há 21 anos... pode não parecer, e nunca tive um problema com um treinador, um problema, e se tivesse resolvia na hora. Fazia como os homens fazem, não preciso de mandar recados. Da mesma forma que não tive problemas desde que sou treinador. Ando no futebol de cara limpa e levantada. Entre ser um bom treinador e um bom homem, prefiro ser um bom homem. O que andamos a fazer com a informação é plantar o ódio e a violência e o futebol não é isso. O futebol tem que unir as pessoas", atirou Abel.