Na conferência de imprensa de antevisão do duelo com o Brighton & Hove Albion, dos quartos de final da FA Cup, José Mourinho foi questionado por um dos jornalistas presentes sobre o mau momento do Manchester United, recentemente eliminado da Liga dos Campões pelo Sevilla, em pleno Old Trafford, e afastado da corrida pelo título de campeão inglês, que deverá ser conquistado pelo rival Manchester City.
O português defendeu-se com uma resposta de 12 minutos na qual abordou não só os seus primeiros quase dois anos nos 'red devils', onde chegou no verão de 2016, mas também toda a sua carreira.
"Tenho um trabalho impressionante para fazer. Podia estar noutro país com o título no bolso, mas estou aqui - e continuarei a estar aqui e de forma alguma mudarei a minha mentalidade. Não sei se conhecem a expressão 'cada parede é uma porta'. Não vou fugir, nem desaparecer ou chorar porque ouvi uns assobios e vaias. Não vou desaparecer no túnel no final dos jogos, fugindo de imediato. No próximo jogo serei o primeiro a sair para o relvado. Não temo as minhas responsabilidades", começou por afirmar o técnico luso, antes de acrescentar:
"Por algum motivo se chega aos quartos-de-final da Liga dos Campeões ,e há quatro clubes que estão lá sempre. O Barcelona nos últimos sete anos, oito anos, Real Madrid, Juventus, Bayern Munique e, depois, num ano ou noutro, surgem clubes como o meu Inter Milão, ou como o Monaco na última temporada. Mas há aqueles que estão lá sempre por alguma razão".
Por fim, Mourinho garantiu ainda que está em sintonia com a direção do United.
"O bom para mim, o sentimento fantástico para mim, é que estou exatamente na mesma página do que os proprietários, os senhores [Ed] Woodward e [Richard] Arnold. Todos estamos na mesma página, concordamos em tudo, por isso, a vida é boa", assegurou.