O cenário já havia sido visto anteriormente. Triunfo pouco expressivo, com fraco futebol, sofrido e com muitas dificuldades para suster as investidas contrárias.
O Portimonense deslocou-se ao Estádio da Luz para obter o melhor resultado possível e, sob um ambiente de total apoio aos anfitriões, não se deixou intimidar. Excelente a réplica dada pelos algarvios assim como o esquema montado por Vítor Oliveira na preparação para este embate, cumprindo com que prometera na conferência de imprensa de antevisão.
No primeiro tempo, os lances de perigo mais evidentes foram mesmo da autoria do emblema forasteiro. Paulinho, mas sobretudo Wellington Carvalho, criaram imensos problemas à defesa 'encarnada' - Eliseu foi quem mais se viu em apuros - e obrigaram Bruno Varela a algumas intervenções de registo.
Performance fraca do Benfica que só através de Jonas conseguia criar algum perigo, ainda que ligeiro.
A segunda parte foi totalmente oposta ao que se verificou até recolha aos balneários. Ocasiões de golo, ataques rápidos, intensidade... até que Fabrício decidiu conquistar todo o protagonismo.
Aos 56', o criativo brasileiro, pelo corredor esquerdo, bateu Luisão no um para um e colocou a bola no fundo das redes. Bruno Varela bem se esticou, mas nada podia fazer.
Rui Vitória, insatisfeito com a atitude dos seus jogadores, colocou Filipe Augusto em campo e, a partir desse momento, a exibição das 'águias' melhorou consideravelmente.
Aos 60 minutos, Jonas converteu uma grande penalidade cometida por Hackman sobre 'Toto' Salvio e acabou expulso da partida. Face ao lance um pouco descabido do defesa visitante, o Benfica começava a ver a vitória de mais perto.
Assim, aos 78', surge uma obra de arte de um dos heróis mais improváveis. André Almeida, com um remate fantástico desde o flanco direito, surpreendeu Ricardo Ferreira e deixou a Luz em êxtase. Sem intenção, o lateral português foi dono e senhor do momento mais alto do encontro.
Apesar de uma maior insistência dos visitados, o Portimonense nunca virou a cara a luta e foi sempre tentando minimizar o desaire sofrido. Em cima do apito final, Fabrício ainda bisou, naquele que seria um enorme balde de água fria para os da casa, mas o golo foi invalidado pelo vídeo-árbitro por posição irregular de Manafá, autor da assistência.