Já só falta um ano para a Copa do Mundo de 2018, que será disputada na Rússia.
Com as Eliminatórias ainda em andamento por todo o mundo, somente três seleções estão garantidas na prova, por enquanto. Além da anfitriã Rússia, Brasil e Irão, que garantiram suas vagas nas qualificatórias da CONMEBOL e da Ásia.
Dos três times, quem se apresenta, neste momento, melhor é o Brasil. São 11 vitórias e apenas uma derrota para Tite no comando da Seleção 'canarinha'. De um time contestado, com futebol pobre e correndo risco de ficar fora da Copa, o 'escrete' passou a apresentar um futebol vistoso, ofensivo, com enorme qualidade técnica e se tornou o primeiro classificado para o Mundial, após a Rússia. A evolução é impressionante e os resultados, e o desempenho, excelentes.
A Rússia, por sua vez, mesmo na condição de anfitriã, não inspira muita confiança pelos péssimos resultados recentes. Nos últimos dois anos, a equipe teve três técnicos: Fabio Capello, que saiu em 2015, Leonid Slutsky, que saiu após a Euro 2016 e trabalhou de graça, e Stanislav Cherchesov. Existem bons jogadores como Dzagoev, Dzyuba, Shatov, Kokorin, Neustädter, Bukharov, Zhirkov, Glushakov e o ótimo goleiro Akinfeev, mas dentro de campo, as coisas não tem dado certo.
A seleção foi eliminada na fase de grupos da Euro 2016 sem vencer um jogo sequer, perdendo para País de Gales e Eslováquia e empatando com a Inglaterra. Foram dois gols marcados e seis sofridos em três duelos. Já nos amistosos, o desempenho tem sido decepcionante, com um futebol muito aquém do esperado, irregular, e resultados ruins. A Rússia venceu Gana, Romênia e Hungria, empatou com Turquia, Bélgica e Chile, mas perdeu para Costa Rica, Catar e Costa do Marfim.
O Irão, por sua vez, também não deve brilhar na Copa, mas chega com um time com jogadores interessantes e um desempenho impressionante. São 32 jogos desde o Mundial de 2014, com 24 vitórias, cinco empates e apenas três derrotas. O time do português Carlos Queiroz foi o primeiro asiático classificado para o torneio na Rússia, e a segunda equipe a garantir vaga via Eliminatórias, após o Brasil. Bons nomes como Ghoochannejhad, o experiente Shojaei, Hajsafi e Dejagah, todos atletas técnicos e de boa qualidade, são os destaques.
Estádios e problemas
Em 14 de junho de 2018, o Estádio Luzhniki vai receber a primeira das 64 partidas da Copa do Mundo. Falta apenas um ano para o Mundial começar, mas a Rússia, assim como o Brasil, enfrenta problemas na sua preparação e ainda tem um longo caminho para a frente, além de problemas.
Foram gastos mais de 11 bilhões de dólares americanos (cerca 36 bilhões de reais e 9,8 bilhões de euros, ao câmbio atual) apenas em arenas. Das 12 que irão receber partidas do Mundial, apenas quatro estão prontas: Sochi, Kazan, o Spartak Stadium e São Petesburgo. As quatro vão receber jogos da Copa das Confederações neste mês e em julho. As outras oito ainda estão em obras, sendo que uma delas, na cidade de Samara, só ficará pronta em 2018.
Além disso, mesmo entre as arenas prontas, existem problemas. A arena do Zenit, em São Petesburgo, por exemplo, demorou incríveis 10 anos para ser construída, estourou o orçamento e custo mais de 2,5 bilhões de reais (cerca de 677 milhões de euros). A edificação do estádio também foi e é investigada por denúncias de corrupção e trabalho ilegal oriundo da Coreia do Norte. Como se isso não bastasse, o gramado precisou ser trocado a menos de um mês da Copa das Confederações, devido ao clima frio e rigoroso da Rússia.
Outros problemas e temores são a língua e a violência. O idioma russo é muito diferente do inglês ou das línguas latinas, e até o alfabeto é diferente: o cirílico. A comunicação promete ser um desafio, já que a maior parte das placas do país está em um alfabeto diferente e a maioria da população não é fluente em inglês.
A onda de ataques terroristas na Europa Ocidental também preocupa. A Rússia, para piorar, participa de uma crise na Ucrânia, invadiu e conquistou a Crimeia contra a vontade de potências ocidentais e dos Estados Unidos, apoia a ditadura de Bashar Al-Assad na Síria, que enfrenta guerra civil desde 2011 e vê a ascensão do Estado Islâmico. Além de tudo isso, os hooligans russos estão entre os mais perigosos do planeta e são extremamente violentos. Eles já causaram muitos problemas na Eurocopa, na França, e prometem violência no Mundial.