Seis temporadas longe do Brasil, idolatria no CSKA e nome forte na busca por uma vaga na seleção da Rússia na Copa do Mundo de 2018. Mário Fernandes já é praticamente um russo completo. Resta, no entanto, aprender melhor a língua do país que escolheu como pátria no ano passado.
"Estou totalmente adaptado, mas ainda não deu para dominar a língua russa. É muito difícil. Preciso estudar mais para aprender [risos]", brincou o lateral-direito revelado pelo São Caetano e com passagem pelo Grêmio, em entrevista ao 'Blog Ora Bolas'.
Aos 26 anos, o jogador natural de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, admite que a escolha de preterir a seleção brasileira, mesmo depois de quatro convocações (entre 2011 e 2014), foi complicada. Porém, falou mais forte a chance de jogar um Mundial.
"Uma decisão deste tamanho nunca é fácil, né? Foi muito duro. Na ocasião, conversei bastante com familiares, amigos... Mas era algo que já queria fazia tempo. A Rússia me recebeu muito bem, me dei muito bem no país, a adaptação foi muito boa. Não poderia perder a oportunidade", explicou.
"Fui convocado algumas vezes para defender a seleção brasileira, a última vez com o Dunga [em 2014, para os amistosos contra Japão e Argentina]. Logo depois surgiu a oportunidade da naturalização. Vi como uma grande oportunidade e aceitei. Estou feliz com a decisão", completou.
Mário Fernandes, que recentemente renovou contrato com o CSKA até 2022, chegou a ser convocado para representar a Rússia na Copa das Confederações, em junho deste ano, mas uma fratura no nariz acabou por frustrar os planos.
"Já fui chamado na última convocação, estou dando sequência ao trabalho. Agora é continuar focado no CSKA e, se Deus quiser, jogar a Copa do Mundo. Acredito que, com a opoio da nossa torcida, temos tudo para fazer uma grande competição", finalizou.