Na gangorra do Campeonato Brasileiro, o Fluminense deixou de olhar para a zona de rebaixamento e agora é uma das equipes que sonham em disputar a Copa Libertadores da América em 2018.
Às 3 derrotas consecutivas que antecederam o empate no clássico com o Flamengo, pela 27ª rodada, vieram dois triunfos importantes, contra Avaí [1 - 0] e no embate tricolor perante o São Paulo [3 - 1], na última quarta-feira (18).
Uma coincidência nesta boa sequência é Richard. O meio-campista, que chegou como uma espécie de contrapeso em relação à contratação do atacante Robinho, pela primeira vez conseguiu completar os cerca de 90 minutos em campo [a primeira foi justamente no Fla-Flu], e garantiu o seu lugar na equipe treinada por Abel Braga.
Desde que reconquistou o seu espaço entre os 11 iniciais, o Tricolor apresentou segurança maior na defesa: sofreu 2 gols e diminuiu o espaço de finalização dos adversários [nos últimos 3 jogos, o Flu sofreu 9 finalizações; somente na derrota para o Grêmio, a última até aqui, o clube das Laranjeiras viu 10 arremates chegarem ao seu gol].
Ainda que Robinho tenha feito, de pênalti, o gol que sacramentou os 3-1 sobre o São Paulo, foi Richard quem ditou o ritmo nas transições – importantíssimas, já que após abrir o placar na metade do primeiro tempo, o Flu passou a apostar nos contra-ataques. O meio-campista foi quem mais passes distribuiu [40], e com grande qualidade [87.5% de sucesso].
Não é uma história nova no cenário do futebol, mas se o torcedor tricolor acreditava que seria Robinho que poderia mudar os destinos da equipe de Álvaro Chaves na temporada, é Richard que apareceu como candidato à peça que faltava no quebra-cabeças de Abel Braga.