O Nice foi um dos destaques das duas últimas edições da Ligue 1. Quarto classificado em 2015/16 e terceiro em 2016/17, o emblema do Sul de França batalhou com os dois 'colossos', Monaco e Paris Sain-Germain (PSG), e conseguiu ficar no pódio, à frente de equipas como o Lyon ou o Marseille.
Nesta equipa houve um jogador português que foi figura, quer pela consistência, quer pela polivalência que apresentou ao longo destas duas temporadas. Ricardo Pereira falou ao jornal 'O Jogo' sobre as épocas em Nice, e a capacidade revelada para atuar em mais do que uma posição.
"Ser polivalente pode ser bom e mau. No meu caso foi bom. Joguei muito e penso que agora até tenho mais uma arma que é esta capacidade de jogar em várias posições", disse o internacional português, que depois se referiu especificamente ao contexto desta última temporada: "Depois do regresso da lesão esta época joguei sempre no ataque. Posso dizer que a defesa-direito já estava confortável. Quando voltei a jogar à frente, não é que me sentisse fora de sítio mas notei que tinha perdido algumas rotinas do lugar. Mas ao fim de três jogos voltei a sentir-me bem".
Lateral direito, extremo direito, e por um breve período na época passada, Ricardo foi o lateral esquerdo do Nice: "Foi uma coisa esporádica. O defesa-esquerdo titular estava lesionado. Quando vim para o Nice, o treinador sabia que eu no passado já tinha feito alguns jogos naquela posição e perguntou-me se não tinha problemas em jogar ali. Tive de ganhar as rotinas do lugar e corrigir certas coisas simples, como o facto de estar habituado a fazer a receção de bola com o pé direito e ir para dentro. Logo após o primeiro jogo, o treinador falou comigo e disse-me para aproveitar a minha velocidade e ir com a bola também pela linha. Foi uma questão de ganhar confiança".