Renato Gaúcho, técnico do Grêmio, está prestes a enfrentar o Guarani, do Paraguai, em Assunção, nesta quinta-feira (20), às 19:30 (de Brasília), pelo grupo 8 da Libertadores. O treinador projetou o confronto pela competição continental e revelou vontade de renovar contrato, mas não por tanto tempo assim.
O comandante gremista contou que quase começou carreira no Internacional, citou o trabalho longo de Alex Ferguson no Manchester United, e admitiu que caso ficasse 20 anos no Grêmio, sentiria saudade da vida no Rio de Janeiro.
"Eu gostaria de ser [um treinador como Alex Ferguson, no Machester United]. E ao mesmo tempo, fica difícil por causa da minha vida. As três passagens pelo Grêmio foram maravilhosas, como agora. Mas ficar direto esses anos todos, eu iria abdicar de viver minha vida. Aí, não dá", disse Renato em entrevista ao Botequim do Maurício, da 'RBSTV'.
"Se eu vivesse uma cidade como o Rio, eu teria muito mais liberdade. Eu gostaria de ficar 20 anos direto, com todo o amor que tenho pelo Grêmio, mas não dá, porque eu não iria viver. Maseu pretendo ficar aqui um bom tempo", acrescentou ele.
Confira outros pontos da entrevista:
Começo no Internacional?
"Eu fui no Internacional para realizar o sonho do meu pai, que ele era Colorado, ele sempre dizia para ir para lá, eu fui e passei, pediram para eu voltar. Eu não tinha o que comer, muito menos onde morar, e eu não tive condições, logo, eu fui embora, no mesmo dia. Isso foi no final de 79. Quatro meses depois, eu vim para o Grêmio".
"Ele [meu pai] ficava chateado [por eu ser o maior ídolo do Grêmio]. Toda minha família é gremista, só o meu pai é colorado. Em 81 fui campeão dos juniores, levei a faixa para casa e ele não aceitou, nem tocou na faixa".
Irá poupar jogadores na Libertadores?
"Depende da situação de uma libertadores, como você está, do momento que é o jogo. Se pode poupar ou não. Se chega a uma reta final de um Campeonato Gaúcho, um jogo decisivo, você pode dar segurada na Libertadores, porque a Libertadores são vários jogos. E no Campeonato Gaúcho, é uma reta final. Depende da situação. Tanto na Libertadores, quanto no Gaúcho. Aí, a gente pode reforçar mais aqui, mais ali. Não poderia pensar diferente".
E a estátua prometida na Arena?
"Está difícil pra sair a estátua. Eu brinco: "e aí, presidente. Está duro. Vamos fazer a estátua, pô. Eu vou ter que tirar do meu bolso?". Os campeonatos em que entro, faço o possível e o impossível para ganhar pelo clube. Eu fico feliz só com a estátua. Os grandes clubes têm estátua dos grandes jogadores. Acho que essa estátua vai sair mais cedo ou mais tarde".