Lionel Messi não é o mesmo jogador do Barcelona quando veste a camisa da Seleção Argentina.
A reclamação dos 'hermanos' tornou-se uma verdade e pode ser constatada a cada partida disputada pelo time comandado por Jorge Sampaoli.
O camisa 10 não marca um gol com as cores da equipe nacional desde 23 de março passado, quando venceu o Chile por 1-0 pela 13ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo.
Desde então, Messi amarga um jejum de três jogos sem estufar as redes adversárias. O craque fez apenas quatro gols em nove jogos com as cores da Argentina nas Eliminatórias.
Com a camisa do Barcelona, o cenário é outro. Na atual temporada, iniciada em agosto passado, 'La Pulga' fez 14 gols em 11 jogos e dá indícios de que está longe de iniciar uma curva descendente.
Aos 30 anos, Messi ainda não convenceu e nem parece que o fará em breve. Nesta terça-feira (10), ele tem a incumbência de levar a Argentina a uma vitória sobre o Equador e assegurar a classificação para a fase de grupos da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Mas será que dá para esperar algo do camisa 10? A história recente mostra que não e a 'Goal' tenta explicar o motivo.
A qualidade dos companheiros não pode ser uma desculpa, já que conta com craques como Sergio Agüero, Ángel Di María e Paulo Dybala. O problema é que não há encaixe entre essas peças. Nem o mais estrategista dos técnicos argentinos - Jorge Sampaoli - consegue fazer com que este quarteto renda o esperado na Seleção.
A falta de harmonia pode ser explicada pelo desentrosamento. Para se ter ideia, na escalação titular da rodada passada, quando a Argentina empatou com o Peru em 0-0 em Buenos Aires, havia atletas de nove equipes distintas em campo.
Barcelona e Sevilla tinham dois representantes cada. Manchester United, City, Sporting CP, Milan, Atalanta, Paris Saint-Germain e Boca Juniors também contaram com atletas em campo na igualdade.
Outro aspecto que pode ser explicado é a ausência de uma peça que realize papel semelhante ao de Andrés Iniesta no Barcelona. Tanto na Seleção quanto no clube da Catalunha, o camisa 10 tem liberdade para atuar na linha ofensiva.
O problema é que na Seleção ele também tem incumbência de buscar o jogo para iniciar as jogadas, tarefa de Andrés Iniesta na equipe comandada por Ernesto Valverde. A obrigação deixa Lionel Messi longe do gol com as cores da equipe nacional.