O mercado não foi simpático para o Vitória de Guimarães; pelo menos não pareceu. Bruno Gaspar, Josué e Zungu foram transferidos, e Marega e Hernâni voltaram à 'casa-mãe' - FC Porto -, e a equipa parece ter-se ressentido com os resultados que vem apresentando neste início de Liga NOS.
A saber, o Vitória soma um triunfo, um empate, e duas derrotas nas quatro primeiras jornadas do campeonato português, tendo apontado apenas três golos, contra os dez sofridos (e todos nas primeiras três rondas).
Dados que fariam antever uma quebra clara e um sinal de que algo mudou para pior no 'castelo'. Mas o líder do grupo, Pedro Martins, não é dessa opinião.
"Sou um treinador responsável e o momento atual é de preocupação. Mas desde o início que houve muito ruído. Não vamos fugir à nossa exigência, mas era necessária mais paciência. Houve saídas, lesões, jogadores assediados… Muito mais do que no ano passado, há mais internacionais neste grupo. O plantel é muito coeso e mais forte do que era há um ano. Houve uma valorização fantástica e acho que estamos a ser vítimas desse sucesso", frisou o técnico de 47 anos.
Sobre o que o leva a ter esta opinião, Pedro Martins falou sobre os reforços, e como eles chegaram, de uma forma muito generalizada.
"Embora tarde, realizámos aquilo que pretendíamos para que se possa formar uma equipa que honre os adeptos e a cidade. Quando estivermos organizados, com toda a gente a trabalhar, vamos partir para um nível de exigência superior. Isso eu garanto! [Os reforços] Dão-me totais garantias. Ainda não se viu o Rincón, o Wakaso, o Jubal ou o Víctor García. Temos muitos jovens com qualidade e que foram lançados num momento que talvez não fosse o melhor. Há um ano não sabíamos o que o Marega e o Hernâni nos poderiam dar, o próprio Soares começou por ser criticado. Nessa altura tinha muito mais dúvidas", atirou o treinador vimaranense.