No jogo contra o Peñarol, na semana passada, ficou evidente que o Palmeiras tem um problema na lateral esquerda. Afinal os dois gols do time uruguaio, assim como outras jogadas perigosas, foram criados por esse flanco. Nesta quarta-feira, novamente para a Copa Libertadores, o 'verdão' vai enfrentar o Jorge Wilstermann, que naturalmente já aposta bastante em cruzamentos laterais, o que pode virar uma grande dor de cabeça para os comandados de Eduardo Baptista.
Os problemas do Palmeiras na lateral começaram com a lesão de Zé Roberto, o habitual titular da lateral esquerda, mas que não esteve em condições físicas de viajar para a Bolívia.
Sem ele, Eduardo Baptista optou por escalar Egídio no jogo contra o Peñarol. Porém, este mostrou que não é confiável e teve uma atuação terrível. Marcou adiantado demais, sem criar pressão, e errou muito quando teve a bola nos pés. Resultado: foi substituído por Tchê Tchê no intervalo do jogo.
No 2º tempo, quem jogou de lateral esquerdo foi Michel Bastos. É a posição de origem dele, mas há muitos anos ele joga no meio-campo. Por isso é perigoso confiar que Michel possa realmente ser a solução para a lateral esquerda.
Eduardo Baptista só tem essas duas opções para escolher, e nenhuma dá garantias. Logo em um jogo que o técnico sabe que terá que lidar com muitos cruzamentos para a área. O Jorge Wilstermann aposta bastante nisso por causa do efeito da altitude (2.600m acima do nível do mar) na bola.
"Vamos cuidar da bola área, cruzamento e bola parada. Tomar cuidado porque é diferente, a trajetória da bola é um pouco irregular. Os bolivianos, sabendo disso, exploram muito essa bola aérea", alertou Baptista nesta semana.
O jogo entre Palmeiras e Jorge Wilstermann será nesta quarta-feira, às 21:45 de Brasília (01:45 de Lisboa), em Cochabamba. Se empatar, o 'verdão' já estará classificado para as oitavas de final da Copa Libertadores.