O Palmeiras entrou com uma tática bem definida diante do Barcelona de Guayaquil, na noite da última quarta-feira: atuar de forma compacta, marcar forte e sair em contra-ataque. E, logo no início, pareceu que ia dar certo. O time foi quem chegou com mais perigo em dois lances na primeira etapa. Porém, o Verdão parece ter levado a expressão futebolística "saber sofrer" muito a sério. Na etapa complementar, o Palmeiras passou a apenas se defender, viu o adversário crescer e acabou sendo castigado, levando gol de Álvez já nos acréscimos.
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Mas não foi só esse problema que o time de Cuca apresentou no Equador. Sem Guerra, a equipe teve Zé Roberto o seu armador, e ainda teve Juninho improvisado na lateral-esquerda e Tchê Tchê, na direita. A equipe acabou ficando "presa" atrás. Além disso, o zagueiro improvisado na esquerda apresentou deficiências, deixando muitos espaços em suas costas e foi infernizado por Valencia, que entrou no lugar do lesioado Pineida, ainda no primeiro tempo.
Outra questão que contribuiu para que o Verdão fosse amassado na última parte do jogo foi que a equipe não conseguiu mais equilibrar a posse de bola. O Palmeiras ficou com a redonda por 40% do tempo, e, consequentemente, acabou sendo pressionado pelo time mandante, que buscava a todo custo fazer o placar para vir ao Brasil com a vantagem. E foi o que aconteceu.
Por fim, o Palmeiras também provou de um veneno que aplicou durante a fase de grupos na Libertados. Se antes o time conquistou suas vitórias ao apagar das luzes, como foi com o Jorge Wilstermann e com o Peñarol, ambos no Allianz Parque, desta vez, a história se reverteu e o time brasileiro saiu derrotado.
A lição que fica para o Verdão para o próximo jogo e, se passar de fase, - já que o resultado é completamente reversível e como o jogo será em praticamente daqui um mês -, é a de que é necessário manter a regularidade dentro de um único jogo. Agora treinado por Cuca, a equipe voltou a mostrar aquela oscilação que tinha quando comandada por Eduardo Baptista, com atuações opostas dentro de uma única partida, e isso pode ainda custar caro ao clube brasileiro.
Mas uma atitude que o Palmeiras mostrou na primeira fase e terá que mostrar ainda mais no próximo jogo, é o espírito de luta e reação, ítens mais do que necessários para quem almeja erguer a taça da Libertadores.