Na ressaca da derrota caseira diante do FC Porto, por 1-2, Miguel Cardoso mostrou-se orgulhoso da exibição da sua equipa.
"Tinha dito aos meus jogadores que queria, independentemente do que acontecesse no jogo, que eu lhes desse um abraço sentido, numa demonstração de que o que fizeram me agradou. Foi um gosto ver a equipa do Rio Ave como jogou. Não há vitórias morais, as vitórias morais não nos alimentam, mas estamos no bom caminho e mesmo quando perdemos, perdemos sabendo que vamos ser melhores no futuro", começou por dizer o treinador do Rio Ave, em declarações após a partida no Estádio dos Arcos.
"O que falhou hoje? Não me parece que tenha falhado tanto como isso. O resultado deste jogo deriva muito do que aconteceu em dez minutos no início da segunda parte. Numa bola parada o FC Porto faz 1-0 isso determina o decorrer do resultado. Era um jogo de grau de dificuldade elevado e a nossa equipa deu uma resposta tremenda. Não é fácil jogar contra equipas grandes e ter esta atitude. Sabíamos que o Porto era uma equipa perigosa na profundidade e tivemos dois momentos determinantes para evitar isso: desde logo, pressionar, e na primeira parte fomos competentíssimos em fazê-lo, e também a proteção do espaço nas costas da defesa. A minha equipa teve um comportamento tático excelente. Mas naqueles dez minutos houve alguma incapacidade de manter essa pressão, a equipa esticou e não foi tão compacta. O FC Porto acaba por fazer o golo numa bola parada, numa zona onde não é hábito o Danilo entrar", analisou.
Sobre a aposta em Nuno Santos (jogador que viria a fazer o golo dos vilacondenses), Miguel Cardoso disse: "Por que o Nuno Santos foi titular? Todos os jogadores estão conscientes dos comportamentos que têm de ter nas suas posições. Optei pelo Nuno Santos, ele jogou, jogou bem, como jogaria o Gabriel. Aliás, isso provou-se quando fizemos as substituições e regressámos ao jogo, marcámos e tivemos possibilidade até de chegar ao empate".