Gatito Fernández pegando até pensamento. 14 meses longe dos gramados. Atlético-MG com grandes jogadores e um ataque poderoso pela frente. Tudo bem que Jefferson é experiente, ídolo do Botafogo e já defendeu a Seleção Brasileira, mas daria para entender um certo nervosismo e falta de ritmo. No entanto, o que foi visto em campo foi uma noite mágica do camisa 1 do 'Glorioso'. Com grandes defesas e pegando até pênalti, o goleiro teve uma atuação exuberante e criou uma 'boa' dor de cabeça para Jair Ventura. Foi vital para o 'Fogão' arrancar o empate em 1-1 com o 'Galo'.
Uma noite mágica e uma bela história no Estádio Nilton Santos.
No entanto, também existe o outro lado. Se o Botafogo celebra o empate conquistado praticamente no último lance contra o Atlético-MG e a volta em grande estilo de um de seus maiores ídolos, o 'Galo' tem muito o que lamentar.
O 'Alvinegro de Minas', afinal, saiu na frente no placar com o tento de Marlone, foi melhor durante a partida, criou mais oportunidades de gol e, até os 46 minutos do segundo tempo, estava vencendo o jogo. No entanto, acabou deixando o Rio de Janeiro com um empate amargo e perdeu dois pontos importantes.
Em partes pela noite magnífica de Jefferson. No entanto, também pela própria incompetência atleticana.
Após o duelo 'alvinegro', Marcos Rocha deu uma declaração dura, afirmando que é necessário ter menos egoísmo e Roger Machado sempre mostra os erros depois das partidas. Crítica clara aos gols perdidos por Robinho e Cazares, que ao invés de servirem Fred, sozinho, livre e em melhores condições de finalizar em ambos os lances, preferiram tentar o gol. O equatoriano deu um drible a mais, Jefferson fechou o ângulo e ele tentou cavar um pênalti. Já o 'Rei das Pedaladas' chutou mal para a defesa do arqueiro do 'Glorioso'. A defesa foi bonita e difícil, mas a finalização também não foi das melhores.
Os dois lances ocorreram em um espaço de dois minutos, entre os 43' e 44' do segundo tempo. Três minutos depois, viria o castigo com o empate do Botafogo.
No entanto, o Atlético-MG não perdeu apenas essas duas chances de matar o jogo. Yago, também na etapa final, apareceu livre dentro da área para finalizar. Oportunidade clara de gol. O jovem volante, porém, chutou em cima de Jefferson.
Logo na volta do intervalo, o 'Galo' também teve um pênalti. Era a chance de esfriar de vez a torcida botafoguense, além de afetar a confiança do adversário e atrapalhar todo o planejamento feito por Jair Ventura. Era a hora de abrir 2-0 e matar o jogo. Rafael Moura, porém, bateu mal e desperdiçou a chance.
O Atlético-MG teve pelo menos quatro chances claras de matar o jogo e deixar o Rio de Janeiro com uma boa e importante vitória. No entanto, o 'Galo' desperdiçou todas. Não diminuindo a noite mágica de Jefferson, que teve grande atuação, mas em todas as oportunidades claras, os jogadores atleticanos finalizaram muito mal, consagrando o ídolo do Botafogo.
Marcos Rocha cresceu no Atlético-MG. Revelado no clube, foi peça fundamental nas grandes conquistas recentemente e é um jogador histórico do 'Galo'. Ele precisa ser respeitado e sua crítica, apesar de dura, foi completamente correta. Por egoísmo e falta de capricho nas finalizações, o 'Alvinegro de Minas' deixou escapar pontos importantes no Estádio Nilton Santos, e não é a primeira vez que isso acontece, como ele, acertadamente, também colocou, ao destacar que Roger já reclamou disso algumas vezes. A noite de Jefferson foi mágica, mas o time de Belo Horizonte contribuiu para consagrar o goleiro.