O Internacional escapou de uma punição mais pesada no julgamento na tarde desta terça-feira na sede do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro. O clube foi denunciado pelo uso de documentos adulterados, no Caso Victor Ramos, e acabou sendo punido com uma multa de R$ 720 mil pela 5ª Comissão Disciplinar da entidade.
Entre as possíveis penas a serem aplicadas ao clube estava a exclusão da Série B ou mesmo a suspensão do direito de efetuar negociações pelo período de 12 meses. Mas nenhum dos votantes considerou cabível tal situação e o clube acabou se safando de uma punição mais severa.
Além do clube gaúcho, o ex-presidente Vitorio Piffero também foi punido com suspensão de atividades relacionadas ao futebol por 555 dias. O dirigente também terá que pagar uma multa de R$ 90 mil.
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A decisão foi proferida por unanimidade, em sessão com mais de quatro horas de duração, mas ainda cabe recurso tanto ao Inter quanto à Procuradoria do STJD.
“Não decidimos ainda se vamos recorrer. Vamos aguardar o acórdão e analisar” disse o advogado do Inter Rogério Pastl, após o julgamento. Por outro lado, o ex-presidente Vitorio Pifferio garantiu que irá recorrer da decisão.
O relator José Marcelo Nascimento foi o primeiro a proferir o seu voto e afirmou que a conduta do Inter era de extrema gravidade. O relator citou a tentativa de "tapetão" criada pelo clube para evitar o rebaixamento e ferir a "credibilidade" do Brasileirão. No entanto, afirmou que a exclusão seria uma punição muito severa. Por fim, Nascimento pediu a pena com multa de R$ 720 mil para o Colorado e suspensão por 640 dias, além de uma multa de R$ 90 mil para Vitorio Piffero.
Em seguida, foi a vez do auditor Flavio Boson votar e ele acompanhou o relator no voto. O auditor, Rafael Feitosa, e o presidente da 5ª Comissão Disciplinar, Rodrigo Raposo, votaram na sequência e ambos acompanharam integralmente o voto do relator.