Titular absoluto e um dos jogadores mais queridos dentro do elenco e entre os torcedores do Bayer Leverkusen, o lateral-esquerdo Wendell, mesmo com o fraco desempenho da equipe alemã na última Bundesliga, seguiu chamando a atenção com ótimas atuações e se tornou alvo de grandes times europeus, como a Roma e a Internazionale. Pelo menos por enquanto, porém, o jovem de 24 anos não pensa em deixar o clube com o qual tem contrato até 2021.
"Por enquanto, o meu pensamento é ficar até por estar fazendo a pré-temporada aqui e estar gostando da filosofia que está sendo implantada pelo novo treinador (Heiko Herrlich). A última temporada não foi o que eu esperava nem para mim e nem para o Bayer Leverkusen, mas fico feliz de estar sendo reconhecido pelo meu futebol. É sempre gratificante receber sondagens de grandes equipes como a Roma, mas trato isso com naturalidade. Renovei meu contrato na última temporada e não tem como não estar feliz jogando nesse grande clube”, afirmou, em entrevista exclusiva à 'Goal Brasil'.
Wendell só lamentou o fato de que não disputará a Champions League pela primeira vez desde que chegou ao clube, em 2014.
"Claro que o fato de não disputar competições europeias pesa um pouco, mas temos que ter a cabeça no lugar e saber que na hora certa as coisas acontecerão. Acho que temos tudo para ir bem e levar o Bayer Leverkusen de volta à Champions e até quem sabe brigar pelo título da Bundesliga diretamente com o Bayern Munique”, completou.
Nascido em Fortaleza e criado em Camaçari, a 41 km de Salvador, Wendell, que por onde passa é elogiado por ser brincalhão e simpático, começou sua carreira no Iraty, mas foi no Londrina, quando retornou de empréstimo do Paraná, que viu sua carreira decolar. Depois de ser considerado o melhor lateral do Campeonato Paranaense de 2013, chamou a atenção do Grêmio. No 'Tricolor Gaúcho' se destacou com grandes atuações e acabou sendo vendido para o Bayer Leverkusen, onde está até hoje e espera seguir se destacando para voltar a ser convocado por Tite para a Seleção Brasileira.
Wendell, contudo, admite que hoje é muito difícil tirar Marcelo e Filipe Luis das convocações e, apesar de ainda ter esperanças de disputar a Copa do Mundo de 2018, já projeta ser convocado mais vezes após o Mundial na Rússia quando uma renovação deverá acontecer na lateral-esquerda.
“Futebol é muito dinâmico, mas sei que é difícil. Hoje, eles são os dois melhores. Estão há anos mantendo o alto nível nos clubes deles e espero que eles continuem assim. Sigo trabalhando para quem sabe chegar um dia ao nível deles e acho que estou perto de conseguir isso”, declarou.
“Espero que depois da Copa do Mundo tenha essa renovação. Não que eu esteja torcendo contra eles, mas será uma boa para nós (risos). Há seis anos só se falava no Roberto Carlos pelo lado esquerdo e hoje temos vários jogadores que atuam no exterior e no futebol brasileiro em condições de representar bem a Seleção. Seguirei trabalhando forte e jogando em alto nível para ser lembrado na hora certa”, ressaltou.