Titular em 34 de 37 partidas do Internacional na campanha da Série B, na qual o Colorado já fez a sua obrigação de assegurar o acesso, o lateral-esquerdo Uendel foi um dos principais personagens do time. Seja atuando no meio ou em sua posição de origem, a camisa 6 esteve presente em campo como nenhuma outra na caminhada rumo à elite.
Por isso, o catarinense de 29 anos viveu como poucos as alegrias e tensões de uma campanha que, segundo o próprio jogador reconhece em entrevista exclusiva, teve seus momentos de irregularidade. No bate-papo feito antes da última rodada, Uendel explica o motivo de tanta oscilação principalmente nas primeiras rodadas e explica o que o clube deve fazer para ter um bom 2018. Confira abaixo!
Por todo o poderio que o Internacional tem, todos esperavam uma campanha melhor na Série B. O Inter deixou a desejar ou a Série B era mais difícil do que o esperado?
“A gente começou o campeonato de maneira oscilante. Tivemos troca de técnico no início do campeonato, várias trocas de jogadores... foi um ano em que chegamos a ter até 40 jogadores no elenco. Então essa reformulação levou bastante tempo até ser concluída. O Damião e o Camilo só foram chegar no final do primeiro turno”.
“Esse começo que foi complicado... depois demos uma boa arrancada no meio do campeonato, o que nos deu a possibilidade de ficarmos com o acesso mesmo com alguns tropeços no final do campeonato. Em casa também tivemos alguns tropeços, que custaram a nossa liderança hoje. Mas a Série B é um campeonato difícil”.
Qual foi o momento mais difícil do Inter nessa caminhada, na sua opinião?
“Foi esse começo da Série B. Começamos com uma vitória por 3-0 sobre o Londrina, fora de casa, e todos acreditaram que a gente teria uma caminhada tranquila. Não foi assim. Tivemos um início bem conturbado. Se você pegar as dez primeiras rodadas, foi realmente um momento bastante complicado”.
E o momento mais importante?
“A gente fala bastante aqui, que o jogo contra o Brasil de Pelotas foi uma virada de chave. Fomos para Pelotas, um jogo difícil, com rivalidade aqui no Sul. A gente não podia nem empatar, foi um jogo bastante importante nessa nossa retomada. Estávamos com muita pressão por resultados, por parte de torcida e imprensa. Acho que foi o momento chave da nossa temporada”.
“Mas o jogo do alívio foi mesmo o jogo do Oeste. A gente vinha de um momento muito ruim, inclusive em casa, e confirmamos o acesso. Só depois disso respiramos aliviados por colocarmos o Inter no seu devido lugar”.
O Inter voltou à elite, o que o torcedor pode esperar para 2018?
“A gente espera fazer um bom retorno à Série A. O clube teve um ano de bastante mudanças, e a gente espera que 2018 seja o ano da confirmação que essas mudanças deram certo, que a gente possa voltar à Série A com força, montar uma equipe competitiva para fazer um bom ano... e assim as individualidades aparecem. É montar uma boa equipe, fazer uma boa temporada, um bom Gauchão, depois fazer uma boa Série A. Esse é o nosso objetivo”.