A Chapecoense pode ter deixado escapar o título da Copa Suruga, na última terça-feira (15), quando foi derrotado pelo Urawa Reds por 1-0, gol anotado aos 48 minutos do segundo tempo, mas o duelo marcou não só a estreia do zagueiro Maurício pela equipe japonesa, como também proporcionou um sentimento especial para o brasileiro.
"Foi muito legal. Minha estreia contra a Chape foi uma sensação muito boa. Depois de tudo o que aconteceu, eles ganharam o carinho do mundo inteiro e foi muito especial. Ainda mais porque foi uma boa vitória e conseguimos um título", disse.
Profissionalizado após passagens nas categorias de base do São Paulo, o zagueiro de 25 anos, trocou o ótimo momento atravessado no Maritimo, de Portugal, para um novo desafio. Com muitas histórias para contar, o jogador conversou com a 'Goal' e não só falou sobre o sentimento especial de enfrentar a equipe brasileira, como também revelou como foi conviver com Philippe Coutinho, Neymar e Casemiro na Seleção Brasileira Sub-17, quando foram campeões Sul-Americanos.
"É muito legal e gratificante. Um orgulho ter jogado com esses jogadores e ver que eles estao no melhor nivel do futebol. O Coutinho era o mais destacado tecnicamente, mas já dava para ver que o Neymar tinha um potencial enorme. O Casemiro também sempre jogou em alto nível comigo no São Paulo", afirmou.
Com um boa passagem por Portugal, onde atuou 44 vezes com a camisa do Marítimo, Maurício deixou o país após despertar o interesse do Sporting CP e a classificação para a Europa League.
"Eu tive uma abordagem do Sporting CP que estava interessado em mim, mas vim para o Japão por causa da proposta apresentada. Estou em um dos maiores times do país e que ofereceu um projeto bem legal para a minha carreira", revelou.
Veja abaixo outros pontos da entrevista:
O que mais tem te surpreendido e é diferente na cultura, dia a dia? Como você está fazendo para se virar com o idioma? A língua já te meteu em alguma "furada" aí?
"Eu acho a organização do povo japonês fora do comum. A educação e segurança me deixam surpreendido também. Fui muito bem recebido pelos companheiros de time, com muita educação, me ajudam bastante. Por enquanto, estou saindo só com o intérprete do time, mas também estou estudando um pouco de japonês e inglês. Ainda não cometi nenhuma gafe (risos)".
Como é o futebol no Japão?
"O futebol aqui é mais rapido e dinâmico, com muita velocidade e técnica. Estou me adptando ainda a velocidade do jogo. O time estava precisando de zagueiro. Cheguei bem e consegui me impor. Gracas à Deus estou como titular já".
Neymar pode ser o melhor do mundo no PSG?
"Acho que ele pode ser o melhor sim. Ele está buscando no PSG o protagonismo que ele não tinha no Barcelona com o Lionel Messi. Não sei se ele fez certo, mas se está feliz, é o que importa".
Existe algum momento mais difícil da vida e da carreira, que hoje você tem orgulho de ter superado?
"Com certeza. No passado, muitas pessoas falaram que eu não conseguiria ser jogador profissional ou que eu iria jogar só em time pequeno. Hoje, superei tudo isso e aprendi com meus erros. Estou muito feliz com a minha carreira."