Há um ano o mundo do futebol (em particular, mas não exclusivamente) ficou em choque com o acidente aéreo que vitimou 71 pessoas que seguiam no voo LaMia 2933, deixando apenas seis sobreviventes, e só três do time de futebol que seguia na comitiva.
Hoje, a Chapecoense rejeita o 'papel de coitadinho' e se ergue com força no Brasileirão, como relata o diretor executivo do clube, Rui Costa.
"Quiseram colocar um rótulo que a gente nunca se impôs. A Chapecoense é igual qualquer outro time de futebol, com fatores extras, problemas e tudo o que um clube de futebol tem. Se o papel que queriam nos dar era do clube de coitadinho, do que aceita tudo, as pessoas erraram. Porque não é isso. Fizemos um processo de reconstrução profissional que está sujeito a oscilações como qualquer clube. Trocamos de técnico, vendemos jogadores, tivemos queda técnica. É normal no futebol mundial. E as pessoas imaginaram que a Chapecoense faria um papel de fazer tudo diferente do que está no futebol. Claro que queremos fazer diferente, mas estamos sujeitos a tudo isso. E em nenhum momento vamos usar o acidente como escudo para os problemas. Respondemos quando perguntamos, mas jamais vamos falar disso como desculpa", disse Rui, em entrevista ao site 'UOL Esporte'.
O dirigente fez um balanço deste último ano, um balanço muito positivo.
"Foi um ano pesado e triste por tudo o que se sucedeu do ponto de vista emocional. Mas, em metas, no aspecto profissional foi um ano excelente. A gente retomou o caminho de a cidade ter emoções com o clube. Conseguimos remontar a equipe, conquistar um título quatro meses depois do acidente, conseguimos uma classificação que nos foi retirada na Libertadores, lideramos o Brasileiro por um tempo e o futebol termina o ano com superávit. E é sempre bom lembrar que dissemos não ao benefício de não cair", sublinhou.