Não é segredo para ninguém: a gestão de Modesto Roma Jr. como presidente do Santos tem diversos problemas de organização. As contratações de jogadores e técnicos muitas vezes são feitas sem qualquer padrão ou planejamento. E o que aconteceu com Levir Culpi, nesta sexta-feira (20) foi apenas mais uma prova disso. Porém, o desfecho de tudo que ocorreu pode ser favorável ao time, que tem superado todos problemas internos do clube para fazer boa campanha no Brasileirão.
Depois do empate com o Sport em Pernambucano, a torcida do Santos fez muitos protestos. Pichou muro, foi até o aeroporto e fez pressão. Então conselheiros tomaram a decisão mais populista possível: demitir Levir Culpi. Independente de ser uma escolha boa ou não, ficou claro que ela só aconteceu por causa da pressão feita pelos santistas.
Diversos veículos publicaram que Levir seria demitido. De fato a diretoria esperava apenas a chegada dele ao CT para avisá-lo. Porém, uma reação inesperada mudou tudo: os jogadores do Santos se uniram e pediram a permanência do treinador.
Modesto, provando mais uma vez que não tem organização ou planejamento, voltou atrás. Anunciou que Levir vai ficar até o final do ano. E assim deixou o elenco satisfeito. Depois disso, os jogadores comemoraram a permanência do técnico. Há relatos de que os atletas abraçaram publicamente Levir diante da imprensa e até provocaram jornalistas que publicaram notícias sobre a demissão dele.
É exatamente esse sentimento positivo, gerado por toda confusão da diretoria, que pode ajudar o Santos: agora o elenco está mais unido e "fechado" com o técnico. Quando isso acontece, fica mais fácil para as partes se entenderem e, consequentemente, obterem resultados melhores. Claro que futebol não se resolve apenas na parte mental e psicológica. Mas é um fator importante e que foi fortalecido no Santos após tantos problemas.