O ano do Flamengo que prometia ser de grandes alegrias foi de decepções. O alto investimento e a confiança da diretoria de que 2017 seria mágico só deixou a temporada ainda mais dolorida para o torcedor. Ao todo, o 'Rubro-Negro' contratou 9 jogadores, se tornou o elenco mais caro do futebol brasileiro e conquistou apenas o sexto lugar no Brasileirão, além de um Campeonato Carioca.
Na hora de apostar nos reforços, o Flamengo não teve muita sorte, dos 9 jogadores que chegaram apenas um é titular absoluto, Diego Alves. Apesar disso, quando mais precisou do goleiro no ano, ele não esteve em campo. Na Copa do Brasil, o atleta não podia ser inscrito e na reta final da Sul-Americana, ele se lesionou e desfalcou o time.
Na zaga, Rhodolfo chegou para ser o homem da defesa, o que não aconteceu dentro de campo. Até chegou a ter boas atuações em algumas partidas mas não ganhou a confiança do treinador que preferiu escalar a dupla Juan e Réver nos jogos decisivos. O zagueiro fez 21 jogos com a camisa Rubro-Negra e ainda não balançou as redes.
A lateral-esquerda se tornou um grande problema, com a saída de Jorge, o Flamengo apostou em Trauco. O peruano teve um bom início mas sua deficiência na defesa passou a ser muito explorada pelos adversários. Renê, que veio para ser seu substituto direto, até brigou pela vaga de titular mas não chegou a empolgar a torcida. O lado esquerdo do campo foi uma das maiores fragilidades da equipe este ano.
A maior decepção foi Rômulo. O volante chegou para ocupar a vaga numa posição bem carente, assumiu a titularidade de imediato mas suas péssimas atuações o fizeram ir para o banco de reservas. Desde então não conseguiu brigar pela vaga, além de jogos ruins sofreu com lesões e talvez nem fique no grupo para a próxima temporada.
Se Rômulo foi a maior decepção, Conca foi o grande mico. Em primeiro lugar, sua contratação envolveu o departamento médico e a diretoria de futebol em uma saia justa. Chegou para se recuperar no clube e ser o reserva imediato de Diego na Libertadores, o que não aconteceu. Apenas 27 minutos em campo espalhados por três jogos. Depois de quatro meses se recuperando no clube, nunca conseguiu entrar na condição física ideal para jogar.
No ataque, Berrío foi um grande investimento. O atacante chegou com muita expectativa mas logo no início da Libertadores levou cartão vermelho e prejudicou o Flamengo no primeiro jogo fora de casa. Veloz como poucos no futebol mundial, tem a finalização e o passe como deficiência, apesar de muita vontade. Não mostrou nada que justificasse os 11 milhões investidos em seu passe.
Emprestado pelo Tianjin Quanjian, Geuvânio é outro nome que não mostrou a que veio. Inicialmente uma alternativa interessante pelas pontas, fez 17 jogos e anotou um gol com a camisa do Flamengo. As vezes em que entrou em campo, não caiu nas graças da torcida e perdeu espaço na reta final e decisiva da temporada.
O maior investimento do Flamengo, Everton Ribeiro, que custou cerca de 20 milhões aos cofres do clube, teve bom início no clube mas acabou decepcionando e muito na reta final. Tanto no Brasileiro, quanto na Sul-Americana, quando mais precisou do jogador, ele esteve bem abaixo e não conseguiu fazer boas partidas.
No duelo contra o Independiente, no Maracanã, começou o jogo no banco de reservas e quando entrou em campo não conseguia dar sequência nas jogadas. A torcida pegou no seu pé com uma chuva de fortes críticas. Ao todo, ele fez 38 jogos pelo Rubro-Negro e anotou 7 gols.