Dani Alves, Miranda, Marquinhos, Marcelo, Filipe Luís, Casemiro, Paulinho, Renato Augusto, Neymar... A tarja de capitão da seleção brasileira já passou por vários braços desde a chegada de Tite. Uma estratégia para motivar os jogadores e, principalmente, criar um espírito geral de liderança. A rotação da braçadeira, no entanto, surgiu ainda no Corinthians, motivada por um problema disciplinar do zagueiro Chicão.
Ídolo do 'Timão', o defensor estava em baixa na reta final do Campeonato Brasileiro de 2011 e, após a derrota alvinegra para o Santos, por 3-1, em 18 de setembro, no Pacaembu, tomou conhecimento que seria sacado da equipe titular. Revoltado, recusou ser reserva no confronto seguinte, contra o São Paulo, no Morumbi, e pediu para ser dispensado da concentração, o que gerou enorme insatisfação nos bastidores.
Sem Chicão, afastado e até mesmo criticado por companheiros, Tite elegeu Alessandro como novo capitão. No clube desde 2008, o veterano lateral-direito sempre foi visto como um dos principais líderes do elenco. Foi com o camisa 2 usando a tarja de capitão que o Corinthians segurou a primeira colocação e conquistou o título nacional na última rodada, com um empate em 0-0 com o arquirrival Palmeiras.
No começo do ano seguinte, com o zagueiro reintegrado e também de volta ao time titular, o treinador resolveu criar a rotação entre os capitães - mantida nos tempos de hoje por Fábio Carille. Uma atitude que, além de vista como benéfica para aumentar a liderança, também serviu para não criar uma saia justa entre os atletas mais experientes. Daí em diante, vários foram os escolhidos como donos da braçadeira, entre eles Paulo André, Fábio Santos, Danilo, Sheik e Liedson.